:: Tempo do Tempo ::

Parece que foi ontem... que foi há tempos...

Parece que ele corre dando passos miudinhos...

Parece que ele gosta de nos confundir...

Parece que ele brinca, que ele dança...

Parece que ele pára, parece que acelera...

Parece que é eterno...

Parece que vai acabar a qualquer hora...

Parece que vai ser, que já foi, que é agora...

Parece que é de repente...

Parece que demora...

Parece que o tempo não há...

Que ele ainda está a nos procurar...

:: Minha onomatopéia ::

Ficou no caminho
as pegadas descalças
do peregrino

Ficou na estrada
na poeira do tempo
na beira da calçada

O coração cansou de andarilhar
minhas onomatopéias se calaram, apagaram
e eu resolvi cantar

Fui parar do outro lado do mundo
Corri de fantasmas
Procurei lugares seguros

Mas a poesia ficou guardada em você
que há tempos não vejo...
que há tempos deixou de me ver...

Comigo ficou tudo o que não foi dito
Se perdeu no espaço
Se transformou em grito

Minha onomatopéia......................................♪

::Entre Cordões e Barbantes::

São lembranças
que eu achei perdidas
na estante da minha vida
Joguei tudo no chão
para ver o que me surpreendia
Entre cordões e barbantes
encontrei nós
Nas lembranças da estante...
Dos beijos apaixonados...
Das risadas gargalhantes...
Do corpo molhado...
Do abraço estralante...
De tudo o que ficou guardado!
Voltei tudo pra caixa
e devolvi no armário...
Em tudo deu nó

...Somos nós...
do cordão e do barbante................................................♪

:: Assim é meu jardim ::

As borboletas que plantei em meu jardim
borboletaram essa madrugada
Foi um show de asinhas coloridas
e fadas encantadas
As estrelas foram testemunhas
E a lua... Bela Luna...
Iluminou minha noite mágica!!

...

Passo entre as pessoas
Viva as diferenças!
Viva a liberdade de escolha!!

...

Estou com os pés descalços
Não gosto do chão gelado
Me dá frio

...

Ó Deus! Qual o limite do céu?
Será que alcanço em meu avião de papel?

...

Fecho os olhos e sonho...

...

Olhei pro lado... cama vazia
Eu só queria conversar
Fazia tempo que eu não escrevia

...

Se em cada cem existisse alguém
O mundo não seria vazio
As pessoas não sentiriam solidão.

:: Eu por minha própria autoria ::

Sou assim mesmo, cheia de sentimentos... sou um poço de intensidade e impaciência...

Sou o impulso... que pulsa e jorra...
Não sei ser metade em nada, sou sempre o inteiro de tudo o que vivo.
Sou mais dos outros do que de mim mesma...
Aliás, eu tão pouco me pertenço...
Sonho tanto que chego a me perder do que é real...
Meu mundo é o céu... de onde vejo tantos outros mundos e tenho dificuldade em encontrar o meu lugar...
Sou uma andarilha, que percorre ruas e ruas para acabar chegando em becos sem saídas...
Sou a loucura e a sanidade... tudo junto e misturado... sou pedaços de um vaso quebrado...
Sou o oposto de mim mesma... em segundos amo e odeio... mesmo que seja só para me contradizer...
Tenho uma voz irritante e aguda, por isso tem dias que fico quieta por me cansar de mim mesma...
Às vezes gosto de tropeçar em pedaços da minha vida, então paro e me afundo na nostalgia...
Sou um tufão, a bagunça, o caos...
Mas tem dias que gosto de me deitar na rede e admirar o crescimento do casúlo...
Amo ouvir as pessoas... as histórias... os sons... as melodias... mesmo que de tudo isso eu nada entenda...
Eu apenas gosto...
Tenho a péssima mania de exteriorizar meus sentimentos de maneira muito transparente...
(Já me disseram que isso, em alguns casos, pode não ser muito simpático)
Tenho dificuldades em deixar as coisas acontecerem... sou tão convencida, que penso ser capaz de resolver coisas que não estão ao meu alcance...
Sou temperamental e por hora me rendo aos meus caprichos...
Sou tão sensível que um tom mais alto me aperta o coração...
Mas quando sinto o gosto do desafio, seco as lágrimas, visto a camisa e entro no jogo pra ganhar.
Quem acabou de me conhecer, logo se precipta em dizer que entrei mil vezes na fila da calma... ledo engano, meu bem!
Esse rostinho sereno é só pra você não sair correndo! ;)
Sou filha... tão relapsa quanto amorosa...

Sou irmã... tão pentelha quanto caçula...
Sou amiga... aquela para todas as horas e para todos os programas de índio...
Sou quase jornalista... mesmo que isso ainda não esteja tão claro dentro de mim...
Sou voluntária... pelo simples prazer de semear o bem...
Sou tão curiosa quanto teimosa... e nunca sei se isso é virtude ou defeito!

Sou fiel... aos meus e a mim mesma!

Sou humana... nem santa nem avessa...

Sou uma eterna aprendiz da vida e de minhas próprias escolhas...

Sou uma menina que um dia se viu mulher...

Sou uma mulher que nunca deixou de ser menina...

Muito prazer, sou Mariana Lopes!