terça-feira, 12 de outubro de 2010

:: Acaso da vida ::

Ele tropeçou no barro
Foi afiado na navalha
Viu o sangue escorrer no ralo
Era o alvo da metralha

Não teve poesia na vida
Só o som de uma bala
Tentou se esconder da polícia
Mas caiu no colo do guarda

Foi ver o sol nascer quadrado
E se viu do lado errado
Negou que fosse culpado
Mas já era tarde, coitado!

Conheceu cedo a malandragem
Entrou num beco sem saída
Pagou no tiro sua passagem
E viu a morte na próxima fila

Foram acasos da vida
Foram escolhas tortas
Um dia era marica
No outro, uma pessoa morta

Nem em meio aos aliados
O pivete foi liberado
Cuspiu formiga do barro
Foi-se cedo, Coitado!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

:: Abatumou ::

No embolo
um bolo
amassado e misturado
uma receita perfeita

Uma pena!
Abatumou...
Não deu liga
Desandou

Passou do horário
o bolo esfriou
esquecemos de confeitá-lo
murchou...

Amo um tanto...
Mas quanto???
Não sei
Pergunta outra vez...

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

:: Viva a Vida ::

Vida, Vida
Que me salda
Viva a Vida
Que me salva
Que me faz buscar
E nunca desistir
Que me desafia
E me faz tentar de novo
Me prova a minha força
Me mostra o seu gozo
Vida que me faz desejar
Vida que me ensina a sonhar
Viva a Vida
Que me ensinou a amar
Vida doida
Que não tem destino
Vida doce
Que me envolve em seus desatinos
E eu jamais te renego
Jamais me nego a ir
Vida boa
Que me faz sorrir