terça-feira, 12 de outubro de 2010

:: Acaso da vida ::

Ele tropeçou no barro
Foi afiado na navalha
Viu o sangue escorrer no ralo
Era o alvo da metralha

Não teve poesia na vida
Só o som de uma bala
Tentou se esconder da polícia
Mas caiu no colo do guarda

Foi ver o sol nascer quadrado
E se viu do lado errado
Negou que fosse culpado
Mas já era tarde, coitado!

Conheceu cedo a malandragem
Entrou num beco sem saída
Pagou no tiro sua passagem
E viu a morte na próxima fila

Foram acasos da vida
Foram escolhas tortas
Um dia era marica
No outro, uma pessoa morta

Nem em meio aos aliados
O pivete foi liberado
Cuspiu formiga do barro
Foi-se cedo, Coitado!

2 comentários:

AntônioTUIN disse...

Tema complicado e forte em!!! Parabéns!!! XD

Mariana Lopes disse...

Infelzmente é a realidade de muitos, que a vida não dá escolha, é a realidade que conhecem... Nem todos são tão malandros... o difícil é separar, né?!
Obrigada pelos comentários! =D